sexta-feira, 28 de agosto de 2020

LIVE LANÇAMENTO DO LIVRO: O RENASCER DA ESCOLA - UM RECORTE DO ANTES, DURANTE E DO DEPOIS DA PANDEMIA - DIA 03 DE SETEMBRO, ÀS 19 HORAS


 

ESCOLAS DA 28° CRE EDITAM MANIFESTO CONTRA FALÁCIA DE EDUARDO LEITE

Está circulando nas redes sociais, um manifesto do Fórum Permanente das Direções de Escolas dos municípios de Alvorada, Cachoeirinha, Glorinha, Gravataí e Viamão, sobre a Edição do Jornal do Almoço desta última quinta-feira (27/08), em relação as aulas remotas, segundo a nota, "(...)ficamos refletindo sobre alguns pontos relevantes:

1) Ficamos sabendo que podemos emprestar os Netbooks para nossos estudantes.
Lembro que em uma das primeiras webs, fomos informadas(os) que poderíamos atualizar os nets para emprestar aos professores, mas em nenhum momento, foi liberado pela mantenedora para os alunos levaram para casa. Em nenhum outro momento foi dito que estava liberada essa possibilidade, em uma fala mais direta das Coordenadorias com as Equipes Diretivas. Mesmo sabendo que quantidade não é suficiente para todos os que necessitam!
Mas só para AVISAR, as escolas que possuem, quando possuem estes equipamentos, são as Escolas Estaduais de Ensino Médio e NÃO têm para todos os alunos, fora os que já não funcionam.
2) Extremamente complicada foi a ideia de que as Direções não estão atendendo a comunidade, e serem as responsáveis, como expôs a reportagem, de aparelhar a comunidade, como se o empréstimo dos nets fosse solucionar a questão do acesso à Plataforma Classroom, porque o acesso pela internet terá que ser por APARELHO MÓVEL COM CHIP ATIVO, pelos nets os estudantes vão conseguir acessar a plataforma SOMENTE por banda larga paga pela família. É preciso informar as comunidades escolares que isso é mais uma fala inconsistente do governo, até porque o secretário, em uma das últimas entrevistas salientou a aquisição dos chromebooks, e agora a fala foi do empréstimo dos nets. Infelizmente, ainda não conseguimos uma sintonia na fala da SEDUC com nossas ações no chão das escolas."


CONSELHO ESTADUAL DE DIREITOS HUMANOS - CEDH SOBRE O RETORNO ÀS AULAS PRESENCIAIS

 Em recomendação aprovada pelo pleno do Conselho Estadual de Direitos Humanos do Rio Grande do Sul (CEDH) na manhã desta sexta, o órgão manifesta contrariedade à retomada das aulas presenciais na rede pública no atual estágio da pandemia.

O documento é endereçado ao governador Eduardo Leite (PSDB) e prefeitos.

terça-feira, 25 de agosto de 2020

LIVE

 Dia 04 de setembro, às 20h - Acompanhe pela página do facebook da CairuTV


segunda-feira, 24 de agosto de 2020

NOTA CONJUNTA CPERS, AOERGS, ASSERS E AS REPRESENTANTES DO CPERS NO CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO

Ensino híbrido acirra desigualdades e prepara terreno para demissões e privatização

Em julho, passados quatro meses da suspensão das aulas presenciais, o governo Leite publicou um documento intitulado “Orientações à Rede Pública Estadual de Educação do Rio Grande do Sul para o Modelo Híbrido de Ensino”. São mais de 70 páginas dedicadas a legitimar e revestir de normalidade um sistema excludente, eivado de falhas e, em última instância, completamente alheio à realidade da rede estadual.
Em que pesem as generosas referências a pareceres e normativas, trata-se de um conjunto de orientações concebidas sem a participação direta de quem conhece o chão da escola. Uma tentativa de replicar o ano letivo regular em período completamente atípico, sem precedentes e de consequências imprevisíveis para o processo de ensino-aprendizagem.
O problema, deixemos claro de saída, não é o uso da tecnologia como suporte educacional, em especial no período pandêmico, mas a sua instrumentalização para impor um projeto político-pedagógico gestado por fundações empresariais. Um sistema implantado aos sobressaltos, valendo-se da situação emergencial, mas com intenções cristalinas de permanência.
Os sintomas são muitos. Cabe lembrar do sincericídio cometido pelo apresentador Luciano Huck, em live com o governador para anunciar uma nova parceria privada, que disse com todas as letras: “essa pandemia veio para acelerar o processo de digitalização da educação”. Não à toa a Google foi recebida com entusiasmo e deslumbre no Rio Grande do Sul: crise e morte para alguns, oportunidade e lucro para outros.
O secretário da Educação, Faisal Karam, chegou a dizer que a empresa vê o estado como um “grande case mundial de utilização da plataforma”. Também deixou escapar: ela veio para ficar.
Reiteramos: a digitalização não é um problema em si. A questão é a quais interesses ela serve. Levantamento realizado pelo CPERS no início do ano letivo com 414 escolas de todo o estado apontou que 27% das instituições sequer tinham laboratórios de informática em condições de funcionamento. Essa aparente contradição está no cerne da política neoliberal: sucateamento do Estado e dos bens públicos para abrir terreno a soluções do mercado.
É preciso dizer o óbvio. O setor pedagógico da Seduc não está a serviço dos interesses da comunidade escolar. Atua por procuração de agentes privados desde o primeiro dia de Eduardo Leite à frente do Piratini, aos cuidados da Fundação Lemann e outras entidades que, como definiu o pesquisador Moacir Gadotti, professor da USP e diretor do Instituto Paulo Freire, agem como “traficantes do ensino”.
Ligando os pontos
Com quem a Google fez uma parceria bilionária em 2017 para o desenvolvimento de plataformas EAD? A Lemann. A Fundação do segundo homem mais rico do Brasil é um dos principais atores por trás de movimentos que mascaram intenções privatistas com ideais de filantropia e empreendedorismo social, como o Todos Pela Educação.
A organização incidiu de forma decisiva no texto final da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) – aprovada com atropelos no governo Temer -, que autorizou a realização de até 30% do currículo do Ensino Médio na modalidade a distância.
Vivemos, portanto, à sombra de um projeto coordenado para capturar o Estado e terceirizar parte da educação pública para empresas ávidas em vender seus pacotes e soluções. A fatura virá; se não agora, quando o almoço é oferecido de graça, depois da pandemia. Neste projeto, o educador(a) é mero acessório.
Este é um governo que diante da falta crônica de professores – carência que chegou a estarrecedores 7 mil quadros no 1º semestre de 2019 – optou por fechar bibliotecas para remanejar educadores(as). Se, no futuro, houver a possibilidade de utilizar aulas gravadas, quiçá produzidas por profissionais de fora do estado, para suprir a carga horária a distância, restam dúvidas de que caminho Eduardo Leite deverá trilhar?
É uma opção fácil para quem tem como valor maior a austeridade e a subserviência ao capital. O Estado economiza em recursos humanos e, com uma matriz curricular imposta à força, desrepeitando o Conselho Estadual de Educação, assegura geração de mão de obra barata e desqualificada para o mercado, enquanto grupos privados valorizam sua marca, obtêm de graça dados preciosos e realizam lucro em cima da comunidade escolar.
Todos os deveres, nenhum direito
O descaso com quem faz a educação acontecer está nas entrelinhas do documento, que não foca em questões nevrálgicas do ensino híbrido, como a propriedade intelectual e os direitos de uso da imagem e voz do professor, os limites de edição de disseminação dos conteúdos gravados ou transmitidos ao vivo e a remuneração ou compensação de horas de todos os profissionais que estão trabalhando dobrado e utilizando equipamentos próprios para fazer o seu trabalho, entre outras.
Vivemos em uma espécie de pré-uberização, sob um governo que sequer paga em dia seus trabalhadores(as), que não investe em educação o mínimo previsto pela própria Constituição, que corta direitos em meio a uma pandemia, promove um calote histórico para cercear o direito à greve e defende abertamente a redução de salários de uma das categorias mais mal pagas do Brasil.
Este mesmo governo prometeu fornecer acesso à Internet para educandos e educadores(as), equipamentos e formação adequada. Até agora, sequer foi capaz de entregar as cestas básicas que deve às famílias necessitadas. Cerca de 200 mil alunos não conseguiram realizar o primeiro acesso na plataforma Classroom. Mostra-se, ainda, conivente com o abandono, recomendando o cancelamento de matrículas de estudantes do EJA que perderam contato com os estudos, orientando a avaliação de alunos em um contexto marcado pela desigualdade de condições e fechando escolas em meio à pandemia.
Se o governo estivesse de fato preocupado com o direito à educação, não formalizaria orientações para o ensino híbrido sem, antes, permitir que as escolas realizassem um diagnóstico e avaliassem o trabalho realizado durante o período. Em respeito ao princípio constitucional da educação como um bem público e universal, de responsabilidade do Estado, é urgente restabelecer a primazia da gestão democrática e da autonomia escolar, conforme destacado em todos os pareceres do Conselho Estadual de Educação. Quem deve definir o calendário letivo e a melhor forma de trabalhar o currículo é quem melhor conhece seu contexto e a realidade do alunado e recursos humanos: a própria escola.
A nós, educadores(as), cabe a reflexão: vamos andar na contramão de toda a história de luta pelo ensino público, gratuito, de qualidade e socialmente referenciado? A troco de que? Estaremos com isso ajudando nossos estudantes a aprenderem algo? Seremos cúmplices deste processo de exclusão e autodestruição? Como estaremos no período pós-pandêmico? Como estarão aqueles que estão fragilizados economicamente e emocionalmente pela situação da Covid-19 e sem condições de acompanhar as aulas remotas?
É hora de dialogar intensa e francamente com os colegas sobre a situação ímpar que vivemos. Como em todos os embates históricos protagonizados por esta categoria, a resistência virá do chão da escola.
Assinam a nota: CPERS, AOERGS, ASSERS e as representantes do CPERS no Conselho Estadual de Educação

terça-feira, 4 de agosto de 2020

REUNIÃO CME/POA

JORNAL PRENÚNCIO

Confira o Jornal Prenúncio Digital nº 145 - Agosto/2020 - Ano 55

https://drive.google.com/file/d/1DYToJeEgmCENMDkbjov-1XSvBSAV4Nvo/view?usp=sharing

APÓS A PRESSÃO DE VÁRIAS ENTIDADES, O PARECER DO CNE/CP Nº.11/2020 FOI HOMOLOGADO NO DIA 31 DE JULHO, SEM O ITEM 8

 

"PESQUISA APONTA APAGÃO EDUCACIONAL NO RS DURANTE PANDEMIA", DIZ COMITÊ DE ACOMPAPANHAMENTO DA CRISE EDUCACIONAL

Pesquisa aponta desigualdade do acesso à educação em Porto Alegre durante pandemia
Foi apresentada na manhã desta quinta (31) a primeira parte dos resultados de uma pesquisa produzida pelo Comitê Popular Estadual de Acompanhamento da Crise Educacional no RS. Os dados foram coletados entre os dias 23 e 28 de julho através de um questionário online. Entre os mais de 6 mil acessos, foram validadas 2.200 respostas. A pesquisa buscou mapear a condições, necessidades e impactos da pandemia e as condições de segurança para volta às aulas.
A Socióloga e integrante do comitê Aline Kerber, uma das responsáveis técnicas pelas pesquisa, ressalta aspectos que já estão sendo percebidos pela pesquisa sobre o momento vivenciado pela educação pública e privada no Rio Grande do Sul. "Já nas primeiras análises foi possível perceber que estamos em um momento de apagão educacional tanto nas redes públicas como na rede privada", ressalta Aline.
Aline destaca que 53% das famílias afirmam que a renda da casa diminuiu e 27% estão em situação de desemprego. Outro dado preocupante é que 22% das famílias dizem deixar os filhos sozinhos em casa e 13% mencionam que os filhos com familiares/amigos/vizinhos maiores de 18 anos.
Daniel Momoli, Doutor em Educação pela UFRGS e um dos articuladores do Comitê, vê com preocupação o cenário desigual apontado pela pesquisa. A pesquisa apontou que 59% dos alunos das escolas estaduais e 47% das municipais dizem ter computador, enquanto na rede privada mais de 96% dos estudantes possuem computadores.
Ao total 80% das pessoas que responderam dizem ter acesso a internet Wifi e 43,5% tem internet no celular. Mas, quando observado de forma segmentada, nas escolas municipais isso significa que apenas 14% dos estudantes tem banda larga, na rede estadual chega a 20% enquanto que na rede privada 49% dos estudantes tem banda larga.
Os dados divulgados apontam ainda que 22% das famílias dizem ter algum filho sem aula na rede municipal neste momento, enquanto na rede estadual este número cai para 13%. Já na rede privada 93% afirmam que seus filhos tem aula neste momento, evidenciando a desigualdade do acesso à educação, principalmente dos estudantes das redes públicas em Porto Alegre.
Na próxima semana será divulgada a segunda parte da pesquisa, e o Relatório Final estará disponível a partir do dia 31 de agosto de 2020. Os resultados serão oficiados a todos os órgãos públicos com pedidos de reunião, para que seja possível debater o estudo realizado pelo Comitê a partir do protagonismo da Associação Mães & Pais Pela Democracia.
De acordo com as entidades que compõe o Comitê, entende-se que qualquer decisão sobre as condições de retorno às aulas presenciais deve ser deliberada com a participação de toda a comunidade escolar e acadêmica de nosso estado, em articulação intersetorial com as áreas da economia, da saúde, da cultura, do lazer, da segurança, da assistência social e respeitando a pluralidade da sociedade gaúcha. Para tanto, é fundamental a garantia do padrão de qualidade social/pedagógica do processo de ensino e aprendizagem e do acesso com equitatividade, reduzindo as desigualdades geradas nesse momento através da criação de mecanismos que assegurem a escuta, o envolvimento e a participação democrática das nossas comunidades escolares e acadêmicas
Mais informações podem ser obtidas com Aline Kerber, Presidenta da Associação Mães & Pais Pela Democracia através do e-mail maesepaispelademocracia@gmail.com e com Daniel Momoli do Comitê Popular Estadual de Acompanhamento da Crise Educacional no RS através do e-mail: comitepopulardeeducacao@gmail.com.
Confira a lista completa de entidades que compõe o Comitê no link: